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Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
O Observatório de Educação e Biopolítica (OEBIO) é uma iniciativa integrada ao Grupo de Pesquisa Identidade e Diferença na Educação e à Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Produção de Sujeitos, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul – RS. O OEBIO reúne pesquisadores(as) interessados nos estudos pós-estruturalistas, especialmente nos estudos foucaultianos, e suas interseções com a Educação. O objetivo do blog é divulgar as pesquisas (dissertações e teses), publicações e ações do grupo, além de criar espaços para trocas, parcerias e diálogos com pesquisadores(as) de outras instituições.

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

INSCRIÇÕES PARA ALUNO ESPECIAL - MESTRADO E DOUTORADO EM EDUCAÇÃO

 PERÍODO DE INSCRIÇÃO: De 22 de abril a 02 de maio de 2025.

PERÍODO LETIVO DO 2º TRIMESTRE: De 08 de maio a 11 de julho de 2025.

COMO REALIZAR A INSCRIÇÃO?

Para realizar a inscrição é necessário preenchimento do Requerimento de Matrícula – Aluno Especial, acompanhado das cópias dos seguintes documentos:
- Mestrado: cópia do RG, CPF, histórico escolar e diploma da graduação, além do curriculum vitae ou currículo lattes.
- Doutorado: cópia do RG, CPF, histórico escolar e diploma da graduação e do Mestrado, currículo lattes, além do resumo da dissertação.

 No 2º trimestre as disciplinas a serem ofertadas são:

DISCIPLINAS COMUNS AO MESTRADO E DOUTORADO

  • Sexta-feira / Manhã - Pesquisa e Aprendizagem na Educação (obrig. da LP) - Dra. Sandra Regina Simonis Richter e Dra. Ana Luisa Teixeira de Menezes
  • Sexta-feira / Manhã - Educação e Biopolítica - Dr. Mozart Linhares da Silva
  • Sexta-feira / Tarde - Perspectivas Pós-estruturalistas na Pesquisa em Educação (obrig. da LP) -  Dra. Betina Hillesheim
  • Sexta-feira / Tarde - Pesquisa em Educação, Trabalho e Emancipação (obrig. da LP) - Dr. Moacir Fernando Viegas

Os interessados devem enviar o formulário devidamente preenchido junto com a documentação acima listada para o e-mail ppgedu@unisc.br até o dia 02.05.2025. O processo de inscrição inclui apreciação do pedido por parte da Coordenação do Curso. Em caso de aprovação, o candidato será contatado pela Secretaria do Programa para efetivar a matrícula.

Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail: ppgedu@unisc.br ou Fone: (51) 3717-7543

terça-feira, 8 de abril de 2025

Tese

 Tese: "Branco com branco, preto com preto" : contribuições da educação eugênica para a produção da branquitude no Brasil (1909-1945).



Resumo:
A tese analisa como as teorias raciais modernas difundidas no Brasil a partir da segunda metade do século XIX e o movimento eugenista desdobrado dessas teorias no início do século XX contribuíram por meio da educabilidade/subjetivação para a constituição da branquitude no Brasil em um contexto marcado pela construção das narrativas identitárias nacionais. O recorte temporal concentrou-se de 1909, com o primeiro artigo que citou a Eugenia em solo brasileiro, até 1945, com o término da Segunda Guerra Mundial, momento em que o movimento eugenista perdeu o status de ciência e entrou em declínio em todo o mundo, após a exposição das práticas realizadas pela Alemanha nazista. As lentes teóricas que ancoraram esta pesquisa foram a biopolítica e o racismo de Estado, conforme a perspectiva do filósofo Michel Foucault e seus comentadores. Para alcançar este objetivo, foi necessário, inicialmente, problematizar e percorrer a constituição do conceito de raça no Ocidente e suas recepções pela intelectualidade brasileira. A Eugenia surgiu na Inglaterra no final do século XIX e, de início, conseguiu abrangência na Europa e depois em outros países, como na América Latina e Japão. Tendo como foco o Brasil, esta pesquisa problematizou e percorreu os conceitos de raça, mestiçagem, Educação eugênica, branqueamento da população, imigração, (mito da) democracia racial, subjetividade e branquitude, além do percurso racial ao longo dos censos no país. A proposição do conceito Micropoder da Branquitude, os achados de documentos históricos inéditos na historiografia nacional sobre a chegada da eugenia no Brasil e o tema central desta tese justificam o ineditismo da pesquisa. Foram analisadas as seguintes fontes históricas primárias e documentais que compõem o corpus empírico desta pesquisa: (1) Legislação e documentos oficiais; (2) Congressos, conferências e eventos similares; (3) Teses doutorais de Medicina; (4) Revistas, periódicos e similares; (5) Jornais; (6) Livros e (7) Arte. Em centenas de fontes consultadas, foram encontradas evidências de que a Educação eugênica contribuiu substancialmente para a constituição da branquitude no Brasil em um país marcado pelos recortes raciais e eugenistas na sociedade a partir do privilégio e superioridade brancos e inferioridade não-branca, relegada, muitas vezes, a estereótipos preconceituosos.