Título: Educação, Biopolítica e produção da branquitude no Brasil
Coordenador: Mozart Linhares da Siva
Início das atividades: 2020
Resumo: O projeto tem como objetivo a análise da educação enquanto dispositivo de governamentalidade biopolítica no processo de construção de subjetividades raciais no Brasil, nomeadamente a construção da branquitude. Entende-se a emergência da biopolítica e da produção da branquitude como processo de racialização do Estado-nação, iniciado no contexto de constituição das narrativas identitárias embasadas no racismo científico, na segunda metade do século XIX em diante, e seus desdobramentos no racismo estrutural. O racismo estrutural organiza o regime de verdade sobre o corpo-espécie da população, o imaginário sobre a raça e a nacionalidade, processo que entendemos ter sido efetivado a partir da era Vargas (1930), quando da construção do mito ou ideologia da democracia racial, entendida aqui como dispositivo de segurança que organiza as relações raciais no Brasil sob a égide da inexistência do racismo. Dentre as instituições acionadas pela biopolítica do Estado brasileiro a partir dos anos 1930, destacamos a educação, ou melhor, os processos de educabilidade, entendidos como mais amplos do que aqueles instituídos pela escolarização. Ao colocar estas questões, o projeto visa contribuir com os estudos sobre educação, racismo e biopolítica no Brasil, sobretudo com o papel da educação enquanto dispositivo neste processo de construção da branquitude e da narrativa identitária nacional.
Palavras-chave: Educação, Biopolítica, Branquitude.
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