Título:
O
Espectro Eugenista no Discurso Biodeterminista Contemporâneo
Autores: Betina Hillesheim
e Mozart Linhares da Silva
Revista Psicologia, Ciência e Profissão, vol.38 no.3 Brasília July/Sept. 2018
http://dx.doi.org/10.1590/1982-37030005432017
Link
de acesso: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932018000300413
Resumo:
O
artigo discute as associações que têm sido realizadas no âmbito de pesquisas da
área médica e psicológica entre violência, fisiologia e anatomia. Tais
associações se fundamentam em uma visão biologizante do mundo e se legitima
pelo discurso científico. Com o objetivo de problematizar os aspectos
epistemológicos e éticos, o texto aborda as articulações entre ciência e
determinismo, bem como a emergência da eugenia no século XIX e seus
deslocamentos até a contemporaneidade. Nessa perspectiva, problematizamos que,
atualmente, há uma centralidade da produção discursiva relativa ao cérebro, a
qual implica também em um modo de condução de condutas. A partir disso,
evidenciamos que, no século XXI, encontramo-nos em um regime específico de
biossegurança e biopolítica, em que a biologia deixa de ser compreendida como
um destino e passa a ser vista como oportunidade. Tal modificação nas formas de
entendimento implica numa série de novas lutas políticas em torno de uma
economia da vida e, nesse cenário, tais pesquisas, com a justificativa de
prevenção ao crime, configuram-se como estratégias de vigilância e controle
sobre os corpos, especialmente daqueles sujeitos pertencentes a grupos
minoritários.
Palavras-chave:
biopolítica,
eugenia, discurso.
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