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Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
O Observatório de Educação e Biopolítica (OEBIO) é uma iniciativa integrada ao Grupo de Pesquisa Identidade e Diferença na Educação e à Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Produção de Sujeitos, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul – RS. O OEBIO reúne pesquisadores(as) interessados nos estudos pós-estruturalistas, especialmente nos estudos foucaultianos, e suas interseções com a Educação. O objetivo do blog é divulgar as pesquisas (dissertações e teses), publicações e ações do grupo, além de criar espaços para trocas, parcerias e diálogos com pesquisadores(as) de outras instituições.

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Artigo em Evento


Artigo publicado em Anais de Evento: A educação profissional de nível médio no Brasil e o imperativo da in/exclusão nos governos Dilma e Temer (2011-2018): a biopolítica na produção do precariado brasileiro

Autoria: Josí Aparecida de Freitas

Evento: VI Colóquio Nacional Michel Foucault: da produção de verdades ao governo da vida, evento que ocorreu de 25 a 27 de setembro de 2019, na Universidade Federal de Uberlândia, cidade de Uberlândia, no estado de Minas Gerais.

Anais em CD – ROM
ISSN 2237-163X

Resumo:
 Este texto problematiza, em uma perspectiva da biopolítica foucaultiana, a produção do precariado brasileiro, enquanto grupo social marcado, conforme os estudos de Alfredo Veiga-Neto, de Roberto Rafael Dias da Silva e de Guy Standing, pela desintegração, pela falta de trabalho assalariado e consequente perda de status social, pela flexibilidade, pela constante insegurança financeira e por fracas relações com o Estado e o capital, ou seja, um imenso e crescente contingente de pessoas que estão sujeitas à exploração e a diversas formas de opressão por estarem fora do mercado de trabalho formalmente remunerado. Concentra-se a análise em Teses e Dissertações que abordam, no período dos Governos Dilma e Temer (2011-2018), as iniciativas do Estado em relação ao governo da juventude brasileira, com ênfase na educação profissional, enquanto itinerário formativo na Reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415/2017). Entendem-se essas iniciativas como estratégias biopolíticas de cunho inclusivo que atendem a uma racionalidade neoliberal. Desta forma, a inclusão é considerada um imperativo de Estado, que mobiliza a todos para investir em suas performances, de modo que as condições individuais dos sujeitos contribuam para o desenvolvimento do país e a segurança da população. No entanto, entende-se também que, com a maximização da competição, a governamentalidade neoliberal necessita de um diferencial entre os participantes do jogo econômico, o que torna esse sistema não só inclusivo, mas igualmente excludente. Os estudos de Roberto Rafael Dias da Silva atestam que a lógica atual do jogo neoliberal é o da expulsão, que pode coexistir com o desenvolvimento econômico, uma vez que a nova fase do capitalismo global depara-se com economias em contração e desigualdades sociais extremas, o que favorece as lógicas da expulsão, cujo efeito educacional seria o de jovens expulsos de suas possibilidades de formação humana, bem como de sua inserção qualificada no mundo do trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: educação profissional; precariado; biopolíticas para juventude

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