Título: Uma leitura biopolítica de pinturas da História do Brasil
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Revista de Humanidades, Tecnologia e Cultura - REHUTEC, Vol.
10 Nº 2, Dezembro de 2021
Acesse o periódico: https://8d6b9f8a-910d-4c0e-8e2d-f6c0ea7c677c.filesusr.com/ugd/c3ebcb_eac704399f3a4712ab52ee610980702a.pdf
O artigo aborda uma análise de
pinturas que representam diferentes momentos da história do Brasil sob uma
perspectiva biopolítica foucaultiana. A história da arte refletiu e representou
a sociedade de seu tempo a partir de uma leitura artística. Foram selecionadas
quatro pinturas de momentos diferentes da história do Brasil e analisados a
partir das lentes biopolíticas. Em algumas obras também foi possível o diálogo
teórico com o conceito de necropolítica de Achille Mbembe. Elementos
importantes do processo de construção nacional foram citados e discutidos a
partir das obras de arte como sociedades indígenas, escravidão, eugenia,
higiene, sanitarismo e república. A leitura biopolítica permitiu refletir sobre
os grupos minoritários ou minoritarizados da sociedade brasileira atual.
Palavras-chave: Eugenia. Teorias raciais.
Biopolítica. Necropolítica. História do Brasil.
Título: Educação eugênica sim, e daí? Condutas do
governo brasileiro na pandemia sob perspectiva necrobiopolítica
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Missóes - Revista de Ciências Humanas e Sociais, Vol. 7 Nº
3, fevereiro de 2022
Acesse o periódico: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/Missoes/article/view/108734
Este artigo apresenta um
compilado de falas e ações eugênicas proferidas por integrantes do governo
federal e analisadas com as lentes da biopolítica de Foucault e necropolítica
de Mbembe. O Brasil figura com destaque internacional pelo péssimo desempenho
ao longo da pandemia. Desde que a COVID-19 chegou ao país, o governo vem
atuando com um negacionismo explícito de diversas formas: provocando
aglomerações, disseminando fake news, condenando o uso de máscaras, estimulando
a imunidade de rebanho e medicamentos sem comprovação cientifica. Muitas dessas
medidas podem ser consideradas eugênicas visto que promovem a morte de uns em
detrimento de outros, base da premissa eugenista de purificar uma raça de modo
que alguns selecionados devem morrer para o bem e para a vida melhor de outros.
Esse contexto está imerso na necro-biopolítica. As ações eugênicas não
surpreendem, visto que o chefe do executivo federal sempre flertou com o
nazismo e com práticas consideradas eugenistas como o controle da natalidade
pela esterilização de pobres. No contexto pandêmico essas ideias ganham outra
dimensão em um país que segue contando seus mortos aos milhares. Muitas mortes
poderiam ter sido evitadas com uma condução mais efetiva e coordenada da gestão
no combate ao vírus.
Palavras-chave: Eugenia.
Darwinismo social. Biopolítica. Necropolítica. Pandemia da COVID-19.
Título: Uma neoeugenia no colapso da saúde do Brasil
pandêmico em uma perspectiva biopolítica
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Research, Society and Development, Vol. 11 Nº 2, fevereiro
de 2022
Acesse o periódico: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26154/22836
O objetivo deste trabalho foi
trazer a reflexão sobre a presença de alguns sinais eugênicos estarem sendo
aplicados involuntariamente, ao longo da pandemia, por médicos e por
outros profissionais de
saúde de acordo
com uma perspectiva biopolítica.
A eugenia também pode ser definida como uma ciência ou método de seleção
humana baseado principalmente em premissas biológicas e não relacionado com
incompreensão religiosa ou com embates de um sistema de dominação político-econômica. A pandemia da COVID-19 é situada no contexto nacional
sob a perspectiva biopolítica e do racismo de estado, conhecidos como alguns
dos conceitos foucaultianos. Os profissionais de saúde passaram por muitos
desafios ao longo da crise sanitária, principalmente com relação às escolhas
que foram obrigados a fazer, visto que em determinados momentos o sistema de
saúde colapsou no país. Trazemos a reflexão se essa escolha dos profissionais
de saúde poderia ser uma nova leitura da eugenia no contexto pandêmico.
Palavras-chave: Teorias raciais. Pandemia COVID-19.
Biopolítica. Necropolítica. Eugenia.
Título: ‘Porque a gente era bom no que fazia': a
romantização da escravidão ocidental no Big Brother Brasil 2022
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior, Thamires da
Costa Silva, Robson Batista Moraes
Kwanissa - Revista de Estudos Africanos e Afro-brasileiros,
Vol. 05 Nº 12, junho de 2022
Acesse o periódico: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/kwanissa/article/view/18762/221
Resumo:
Esta pesquisa traz reflexões
provocadas a partir de um discurso da participante Natália Deodato, no programa
Big Brother Brasil 2022, em que romantiza a escravidão. O regime escravista
ocidental foi um processo violento que ocorreu na modernidade e, até hoje,
possui reverberações na sociedade como os diversos tipos de racismos:
estrutural, individual e institucional, dentre outros. Suas palavras foram
analisadas com base na ciência e na historiografia, utilizando também estudos
de Michel Foucault
e Achille Mbembe
como lentes teóricas. Entendemos que o relato da
participante foi equivocado e que pode atuar em uma educação anacrônica dos
espectadores e população brasileira, demonstrando a falta de letramento racial
da participante. A escravidão deve ser rememorada como um momento histórico,
cruel e violento, jamais ser romantizada. É essencial abordar a escravidão de
forma crítica, para que discursos como a da participante Natália Deodato não se
proliferem, pois contribuem para o fortalecimento mito da democracia racial e
para o silenciamento dos desdobramentos da escravidão no Brasil.
Palavras-chave: Escravidão. Romantização da
Escravidão. Racismo Estrutural. Mito da Democracia Racial.
Produção de verdades.
Título: ‘A biologia como ciência responsável pelo
racismo estrutural: aspectos históricos, científicos e político-filosóficos
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Missões - Revista de Ciências Humanas e Sociais, Vol. 08 Nº
02, agosto de 2022
Acesse o periódico: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/Missoes/article/view/111275/30568
O estudo aborda
aspectos importantes sobre
como a biologia
foi utilizada para legitimar o
racismo estrutural no
Brasil. Foi realizada
uma pesquisa sobre
como as Teorias Raciais do Século XIX e seus
desdobramentos utilizaram os aspectos biológicos para justificar uma suposta
superioridade de grupos humanos sobre outros, sobretudo de brancos sobre não
brancos. Para um completo entendimento foi necessário também abordar no estudo
os aspectos históricos, como a
escravidão, conferência de
Berlim, colonialismo e
imperialismo, situação
europeia e brasileira
em fins do
século XIX e
início do século
XX. Os mitos
da democracia racial e do fardo
do homem branco ajudam a entender a legitimação da superioridade branca. Como
embasamento teórico, filosófico e político, o artigo traz a biopolítica
foucaultiana (poder e o racismo de Estado) Giorgio Agamben (vida nua), Achille
Mbembe (necropolítica) e Judith Butler (precariedade), que com seus conceitos
ajudam a entender e refletir sobre o tema e suas reverberações para a
atualidade do racismo brasileiro. Como reflexões finais, trazemos que a
biologia, enquanto ciência, não pode ser culpada, no entanto, é inegável que
foi utilizada por intelectuais
brasileiros para legitimação
da superioridade branca
e ajudou na
instituição do racismo
estrutural, individual e institucional no Brasil.
Palavras-chave: Racismo científico. Racismo
estrutural. Teorias raciais. Biologia.
Título: Namíbia, não! Biopolítica, necropolítica e
racismo de Estado em Medida Provisória
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Revista Captura Críptica, Vol. 12 Nº 02, dezembro de 2023
Acesse o periódico: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/6181/604
Essa pesquisa buscou fazer uma
análise do filme Medida Provisória com a realidade do país, tendo como foco as
lentes teóricas da biopolítica e racismo de Estado de Michel Foucault e
necropolítica de Achille Mbembe. Para a problematização, foi necessário assistir
ao filme algumas vezes, inclusive, pausadamente, de modo que fosse possível
fazer observações e anotações, que poderiam passar despercebidas. A distopia
apresenta estreita relação com os três conceitos apresentados em diversas
passagens e com a realidade brasileira, tanto ao longo da história do
país quanto com
a realidade atual
que ocorre em
cada esquina do
Brasil. O branqueamento
da população, a eugenia, o darwinismo social, são alguns dos fenômenos
históricos brasileiros que dialogam com a ficção.A partir das análises
realizadas com suporte teórico, pode-se constatar que a biopolítica, a
necropolítica e o racismo de Estado, mostram-se evidentes em diversos momentos
no filme, do mesmo modo que é possível fazer correlações da distopia com as
realidades presentes em cada canto do Brasil.
Palavras-chave: Biopolítica. Necropolítica. Racismo
de Estado. Medida Provisória.
Título: Análise das relações raciais em um livro
didático de biologia contemporâneo à sanção da lei 10.639/03
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior
Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UFF, Vol.
22 Nº 03, Novembro de 2023
Acesse o periódico: https://seer.upf.br/index.php/ph/article/view/15161/114117723
O racismo estrutural está
enraizado na sociedade brasileira, inclusive no livro didático de biologia. As
leis n°. 10.639/2003 e n°. 11.645/2008 trouxeram ganhos importantes para a
educação das relações
étnico-raciais. O Programa
Nacional do Livro
Didático é muito importante pois promove a universalização
de seu acesso para estudantes de todo o país. Em alguns casos, são os únicos
livros que os alunos terão em suas vidas. Esta pesquisa analisou um livro
didático de biologia contemporâneo à sanção da lei 10.639/03 do ensino médio
sobre as relações étnico-raciais. Foram
verificadas um total
de 575 imagens,
sendo 551 técnicas
e 24 representativas. Essas
últimas foram analisadas
quanto ao seu
conteúdo e, na
análise, foi confirmado o racismo
estrutural. É necessário que o negro seja inserido nos livros para que a
população brasileira seja representada nas obras, visto que 56% da população
brasileira é negra. A sugestão é que essa pesquisa continue analisando livros
mais recentes para fins comparativos.
Palavras-chave: Livro didático. Biologia. História e
cultura afro-brasileira.
Título: A necropolítica na história do negro no
Brasil: escravidão, pós-abolição e eugenia
Autor: Manuel Alves de Sousa Junior, Henrique Arthur
Lopes
Missões - Revista de Ciências Humanas e Sociais, Vol. 9 Nº
01, Janeiro de 2024
Acesse o periódico: https://revistamissoeschs.com.br/missoes/article/view/84/210
Resumo:
A
necropolítica é um
conceito cunhado pelo filósofo
camaronês Achille Mbembe
a partir de um
deslocamento da biopolítica foucaultiana para o genocídio colonial. O objetivo
deste artigo é analisar de que forma a necropolítica atravessa e entrelaça as
relações escravagistas, o povo negro no período pós abolição e a eugenia
no Brasil nas
primeiras décadas do
século XX. A
metodologia foi descritiva
e exploratória com
levantamento bibliográfico e fontes históricas, com as lentes teóricas
da biopolítica e necropolítica. O entendimento e a inserção de conceitos
como biopolítica e
necropolítica são peça
chave para compreendermos a
transição ocorrida na sociedade
com o pós-abolição
e os impactos
do movimento eugenista
e suas reverberações
na sociedade. A pesquisa
neste campo analítico
tem sido alvo
de disputa política nos
últimos anos no
Brasil, já que
o contexto histórico estudado
é historicamente recente
e sua repercussão
na nossa sociedade,
a partir de
elementos como racismo,
preconceito e desigualdade, ainda estão presentes e favorecem determinadas
camadas da população.
Palavras-chave: Escravidão. Pós-abolição. Eugenia.
Necropolítica. Biopolítica.
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